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Operação aeronaval reúne 830 militares das três Forças

  • EBC -

Uma operação aeronaval integrada reúne 830 militares do Exército, da Marinha e da Força Aérea na costa do Rio de Janeiro. O exercício acontece no âmbito da Operação Poseidon 2021, que começou no dia 28 de agosto e prossegue até o próximo dia 4, com exercícios de pouso e decolagem no Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico.

Além da capacitação no pouso, os militares realizam exercícios de infiltração de mergulhadores de combate, evacuação aeromédica (Evam) de feridos e tiro real sobre alvo à deriva. O treinamento conjunto foi proposto pelo Ministério da Defesa e tem por padrão o aumento contínuo da interoperabilidade entre as Forças.

O exercício foi acompanhado, nesta quinta-feira (2), pelo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, pelo comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier, e pelo almirante de esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, chefe de operações Conjuntas do Ministério da Defesa.

O comandante da Marinha ressaltou os propósitos de integração, e lembrou que integrantes das três Forças muitas vezes usam termos e linguagem própria para denominar técnicas e equipamentos semelhantes.

"O maior desafio é que cada comando de Força tem suas características próprias, seus usos e costumes, e quando vai operar em um outro ambiente, sob a coordenação de uma outra Força, você precisa se adaptar a ela. Até o jargão e a cultura do trânsito a bordo de um navio, o resto é boa vontade ", disse Garnier.

Para ele, o treinamento de qualificação e a requalificação de pouso é um exercício eficaz tanto para iniciantes quanto para militares já experientes. "Cada vez mais, o Ministério da Defesa, o Estado-Maior Conjunto e as Forças Armadas visam operar de maneira integrada", ressaltou o comandante da Marinha.

Adestramento

O almirante de esquadra Petronio lembrou que esse tipo de operação vem sendo construído desde 2018 pelo Ministério da Defesa, como programação de evolução do adestramento dos pilotos.

"No ano passado, separação nosso primeiro adestramento conjunto, com as três Forças e o navio parado, como se fosse um aeroporto. Nós qualificamos os pilotos e agora passamos a uma nova fase exercício, com o navio em movimento. Pretendemos que este tipo de adestramento permaneça por alguns anos, porque ainda temos algumas fases a cumpridas, até uma operação noturna, que é uma situação muito diferente do que ocorre de dia ", disse Petronio.

O segundo objetivo, ressaltar o chefe de Operações Conjuntas, é fazer com que as Forças Armadas prontas para atender qualquer demanda do Estado brasileiro, incluindo possíveis assistências humanitárias internacionais ou missões de resgate.

Submarinos

Tanto Garnier quanto Petrônio ressaltaram a chegada à esquadra brasileira do primeiro submarino da nova família, o Riachuelo, que deve ser entregue ainda em dezembro deste ano em condições de operação.

Depois do Riachuelo, virão outros três submarinos convencionais e, finalmente, o submarino de propulsão nuclear, que colocará o Brasil no seleto grupo de países com capacidade de produzir submarinos com característica essa tática avançada.

"Submarino [de propulsão] nuclear construiremos, esse é o nosso lema. É o nosso grande gol. É um desafio. Estamos trabalhando na fronteira do conhecimento. Não é construir, mas desenvolver um submarino ", disse Petronio.

"O Riachuelo está em avaliação operacional, não é mais teste de engenharia. No ano que vem ele estará operando com a nossa esquadra. Vai trazer um novo patamar de operação de submarinos, porque é um equipamento muito mais moderno do que os nossos anteriores ", completou Garnier.

Além disso, ambos lembraram que está contratada a produção de quatro fragatas, fabricadas por um estaleiro em Itajaí (SC), com início previsto para 2022, e estimativa de entrega entre 2024 e 2025.

Pilotos

O exercício reuniu pilotos de helicópteros das três Forças, como o primeiro-tenente da Força Aérea Brasileira (FAB) Rodrigo Galardo, que se destacou como dificuldades de se pousar em um navio em movimento, no meio do mar.

"O maior desafio é pelo fato de não termos chegado a simular um voo como este. É a primeira vez que a gente realiza um pouso em algo que está se preferência. Isso é realmente novo para a gente, que está em alto mar, não tem muito horizonte e não tem algo fixo para se estabilizar. Então isso acaba agregando valor na nossa aproximação ", relatou Galardo, que não causou resgate de vítima, em 2019, na tragédia de Brumadinho (MG).

Atlântico

O porta-helicópteros Atlântico tem capacidade para transportar 16 aeronaves de asa rotativa, podendo ter, simultaneamente, até sete aeronaves em seus convés de voo e transportar aeronaves em seu hangar. Pode usar todos os tipos de helicópteros pertencentes aos esquadrões da Marinha.

O navio tem 203 metros de comprimento, com velocidade máxima mantida de 18 nós (33 milhas por hora) e raio de ação de 8 mil milhas náuticas (14,8 mil milhas). O convés de voo possui 170 metros de extensão, com 32 metros de largura.


EBC/



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